Desciam lentamente sobre o meu rosto as últimas lágrimas de um corpo choroso e de uma
mente atormentada pela veracidade dos fatos últimos.
E assim a
nossa dança parava abaixo daquela rubra e fria chuva. Uma tempestade tornava-se
atraente muito antes da mais fina garoa, porém a vida faz-nos bailar conforme a
canção, sendo ela seca, úmida, fraca ou devastadora.
Facilmente
seguimos as direções a que fomos ordenados, mas nenhuma delas mostra o
verdadeiro céu ou inferno ao qual supostamente seremos atraídos.
Diante das
maiores dificuldades, devemos brilhar sobre a escuridão antes mesmo que a
pequena fagulha das emoções falhas do ser humano torne-se uma loucura insana
dos falsos amores.
Acreditar no
inacreditável é o mesmo que continuar à espera de um milagre. Os dias tornam-se
o ponto de partida para a angustiante queda até o abismo.
Parte de nós
é levada ao âmago fundamental da questão que nem eu e nem você poderá
responder. Enquanto descemos, um flash de lembranças revela-nos o que perdemos
e o que ganhamos, porém a verdadeira face daquilo que queremos se oculta entre
a grande farsa da vida.
Nossa estada
aqui na terra é mera alusão da realidade ao mundo de fantasias e ludibriáveis tentações
ao qual somos submetidos.
Ganhar e
perder, perder e fugir, correr ou ficar, tudo se aplica à regra daquilo que não
queremos enfrentar. Às vezes fugimos de nossos medos e perdemos a chance de acabar
com eles de uma só vez e pra sempre.
O sentimento
que os consome diante da derradeira vida é exatamente a inversão de valores que
criamos dentro de nossa mente, por isso acredita-se que enquanto isso durar,
nossos desavisos serão permeados por dor, cólera, inveja, impunidades e
desapego a nós mesmos.
O segredo de
um mundo particular e todo nosso, deverá ser mantido sob sigilo total e o
segredo deverá ser lembrado apenas por nós onde quer que estejamos.
Ao depender
tanto de uma resposta ou daquilo que se espera, acreditamos tanto que existimos
para fazer, criar, formar e completar – Mas não! Estamos aqui apenas para
conjugar o verbo da coexistência humana enquanto passeamos pela materialização
do que existe e não do que está em planejamento ainda. Um dia teremos as
respostas ou não, tudo é tão incerto, ou talvez vivamos sem respostas, ou
talvez já estejamos até mortos e ainda nem sabemos.
Continua...
Por Mauri: Zeurgo
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirNossa Antônio, fico feliz que meus textos e pensamentos prendam a atenção e despertem interesse de pessoas como você. Um homem sério e de aparente bom gosto pela leitura. Acredito que dentro do contexto em conhecimento e literatura, temos muito o que debater. Ficarei feliz em manter contato contigo. Deixo aqui meu e-mail, caso queira manter contato comigo. Abraço e fica bem..!
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