sexta-feira, 21 de julho de 2017
Em memória da amiga e colega Lu
Liturgia Humana – Ato III
Liturgia Humana - Ato II
Os Débitos no Amor Àgape -
A quem devemos a solicitação humana de pecar em nossos atos sem a pena de jogar-nos ao abismo, se qualquer coisa é um pecado derradeiro aos olhos do Pai.
A necessidade sapiens do corpo que nos empurra desfiladeiro abaixo, faz-nos rogar ao grandioso e bom senhor Deus, implorando uma lasca de hóstia e um gole intrínseco do rubro vinho e tão sacro líquido divino. Purificando assim nosso espírito em pena e culpa.
Porém, para o nosso louvado Senhor, vivemos numa precária descontinuidade litúrgica e ministral onde os homens pecam na sua própria religiosidade e em sua saga de vida aqui na Terra.
As mãos divinas nos darão a resposta maior em corpo e também em espírito, seja ele santo ou pecador, seja ele odiado ou amado, seja ele puro ou indulgente com a cadeia de ordens e regras que deviam ser seguidas não como cristão ou como ser humano, mas sim como pai, amigo, irmão, marido e filho.
A ideologia hipócrita ao qual muitos fiéis seguem dentro da irmandade religiosa é pregar e seguir que devemos ser alienados à rotina incansável e falida dos tempos modernos, mas esquecem dos homens que matam, traem, humilham, roubam, estupram e também amam em paralelos mundos que vos enchem de alegria também, apesar de tais males.
A mente humana é permeada aos prazeres terrenos, sejam eles os sete pecados capitais e ou as pequenas volúpias invasivas que adentram nossa mente e demandam menores ligações com a realidade na vivência do ser, dominando nossos corpos e enchendo de prazer e luxúria nossa vida tão erma e distante.
Em momentos de provações e conturbações é nessa mais absoluta esquife de sentimentos tão assombrosos que colocamos perante o corpo sacro, feito esse leito vívido e eclesial nossos problemas e sentimentos ruins para que haja a solução unânime para que paremos de vez com a estapafúrdia que causa todo o nosso mal.
Mas é nesse ínterim que surgem os seus sorrisos, abraços e beijos tão sinceros e humanos e não tão pecaminosos assim. É nesse ímpeto que surge na ferida do coração a vontade de entrelaçar com as garras do amor majestoso de Deus minha veste mais pura, minha palavra mais doce, meus olhares mais sinceros e meu anseio em sempre querer te ver, tocar, olhar, amar e sentir.
Nossa humanidade nos tornou reféns de algo brilhante jamais ocultado pela raça humana – a paixão impetuosa dos olhos teus, o calor ardente do corpo meu e assim sendo um coração único, um amor ocultado pela realidade recíproca de nossa rotina pelos dias à fio.
O destino pode unir e agravar ainda mais essa relação tão doce e forte, com a poderosa unção de nossa fé, mas pode um dia também se esvair, desaparecendo tão solúvel feito águas rasas tomadas pela areia da praia no simples soluçar de um oceano de emoções.
Para Deus somos essa manada ágape substancial de seres e prazeres incompletos que se lança ao abismo para poder se encontrar com seu junco flexível e quinhoeiro que o alimentará de sabedoria e calor humano.
Tais razões me fazem voltar aqui para escrever sobre um homem, não um simples ser humano, mas sim um homem de fé, de amor à família e aos amigos. Um alguém que conseguiu cativar dentro de mim um amor diferente. Cultivando em meu jardim a oportunidade de ser alguém completo e feliz mesmo sendo dividido em uma faca de dois gumes. Mas sempre honesto, leal, sincero e carinhosamente humano.
“Sob a escuridão a qual vivi, você fez luz em minha vida. Trazendo-me para fora e fazendo-me enxergar as belezas do céu...”
Por Màuri Zeurgo |
Liturgia Humana - Ato I
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