Naquele canto, a luz se esconde dos olhares — Por ser uma luz fraca, decide abandonar todos os objetos que precisam de sua luminosidade.
Tanta luminescência para quê? Tudo o que ela tem feito durante esse grandioso espaço de tempo é clarão.
Esse que invade os cantos parados da casa é o mesmo que ilumina a vida inerte dessa imensidão vazia. O frio que cobre o pequeno foco é o elo entre o concreto frio e a corrente de ar corpulenta que domina o seu poder.
Ficará ela ali, parada, quieta, até que perca a sua força e volte ao ponto zero. Seu domínio sobre sua consciência comedida, perder-se-á no chão do cômodo escuro.
Ela, por sua vez, estará se apagando, diminuindo, enfraquecendo, até que suma dali. Restando somente um ponto na escuridão e a vaga lembrança de que ali jazia uma luz.
Màuri Zeurgo |
A luz é, por si só, vazia de significado justamente a sua percepção material ocorre somente se houver objeto que a reflita.
ResponderExcluir