Nas folhas douradas do outono a dançar,
Reflete-se a alma a querer descansar.
Entre os suspiros do vento a sussurrar,
Caminha a vontade de partir e repousar.
Em cada folha que cai suavemente ao chão,
Há um eco da vontade de deixar a solidão.
Onde as cores se despedem em sua paixão,
A melancolia encontra sua canção.
É na quietude do bosque em seu lamento,
Que a alma encontra o seu momento.
Entre os fios de luz dourada que penetram,
A vontade de partir se faz presente, não negam.
Mas como as folhas que se entregam ao vento,
A vontade de morrer encontra um alento.
Pois na despedida, há também um recomeço,
Onde a alma encontra paz e esquece o peso.
Assim, entre as folhas de outono a dançar,
A vontade de morrer encontra seu lugar.
E como as folhas que se entregam ao chão,
A alma se despede para encontrar a sua canção.
Por Màuri Zeurgo |
Nenhum comentário:
Postar um comentário