"Quem quer viver eternamente?" - uma pergunta que ecoa através dos séculos, ecoando nos cantos mais profundos de nossa alma. É uma indagação que nos confronta com a nossa própria mortalidade, nos desafiando a refletir sobre o significado da vida e da finitude.
Para alguns, a ideia de viver para sempre pode ser tentadora, uma busca incessante pela imortalidade que os leva a procurar por elixires da juventude ou pela preservação da memória através das obras deixadas para trás. No entanto, será que a eternidade é realmente desejável?
Aqueles que ousam contemplar essa questão podem descobrir que a beleza da vida reside em sua transitoriedade. É na efemeridade dos momentos que encontramos verdadeira profundidade e significado. Cada amanhecer, cada pôr do sol, cada riso e cada lágrima são preciosidades que só ganham valor pelo fato de serem finitos.
Afinal, é a consciência de nossa própria mortalidade que nos impulsiona a viver plenamente, a abraçar cada instante com gratidão e intensidade. É o conhecimento de que nossa existência é efêmera que nos motiva a buscar significado e propósito, a deixar um legado que transcenda nossa própria finitude.
A busca pela eternidade pode ser uma jornada solitária e vazia, uma fuga da realidade que nos impede de apreciar a beleza do aqui e agora. É na aceitação de nossa mortalidade que encontramos liberdade, permitindo-nos abraçar a vida em sua totalidade, com todas as suas alegrias e tristezas.
Portanto, ao invés de nos perguntarmos quem quer viver eternamente, talvez devêssemos nos questionar: como podemos viver de forma significativa e autêntica, enquanto ainda temos tempo neste mundo efêmero? Talvez seja essa a verdadeira essência da vida - viver cada momento como se fosse o último, encontrando beleza na impermanência e na preciosa dádiva da existência.
Somos Eternos?
Por Màuri Zeurgo |
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