domingo, 31 de março de 2024

Olhos Cansados

Nos olhos cansados, um mar de desilusão,

Reflete as tempestades de um coração,

Que outrora pulsava ao ritmo do amor,

Agora desfalece sob o peso da dor.


Em suas pupilas, sombras dançam sem fim,

Contando histórias de desencanto e desdém,

Cada ruga um suspiro, cada linha uma mágoa,

Um testemunho mudo de uma paixão que naufraga.


Eles já viram o brilho das estrelas no céu,

Mas agora refletem um mundo cruel,

Onde promessas são quebradas como cristais,

E sonhos se desfazem em pedaços desiguais.


Sob pálpebras pesadas, o cansaço se abriga,

Como um manto de tristeza que os olhos envolvem,

Mas mesmo na escuridão que os envolve em lamento,

Ainda há um lampejo de esperança no firmamento.


Pois nos olhos cansados, ainda há luz a brilhar,

Uma centelha de fé que se recusa a apagar,

E no fundo da alma, uma voz sussurra baixinho,

Que o amor renascerá, mais forte e mais inteiro, no caminho.


Assim, nos olhos cansados, uma jornada se revela,

De cicatrizes e feridas, mas também de anseios e de estrelas,

E mesmo que o amor tenha desiludido um coração,

Ainda há beleza na esperança de uma nova canção.


Por Màuri Zeurgo


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