terça-feira, 26 de março de 2024

Raízes Sedentas

 No concreto frio da cidade adormecida,

As plantas secas buscam vida perdida.

Entre as rachaduras, um sopro de esperança,

Numa dança silente, uma última dança.


Raízes sedentas buscam em vão,

A água que alimenta sua paixão.

Mas o concreto implacável as sufoca,

E o sol ardente as petrifica e sufoca.


No silêncio da noite, seus suspiros se perdem,

Enquanto a cidade agita-se, indiferente e férrea.

As plantas secas, símbolos de resistência e dor,

Lutam contra o concreto, mas sucumbem ao seu torpor.


E no meio do caos, um eco de vida ressurge,

Uma flor solitária, que do asfalto emerge.

Um sinal de esperança em meio à desolação,

Que mesmo no concreto frio, floresce com devoção.


Pois onde há vida, há sempre uma chance,

Mesmo entre o concreto frio e as plantas secas, a esperança relance.

E assim, na luta contra a urbanização desenfreada,

A natureza encontra sua voz, silenciada, mas não calada.

Por Máuri Zeurgo


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