No concreto frio da cidade adormecida,
As plantas secas buscam vida perdida.
Entre as rachaduras, um sopro de esperança,
Numa dança silente, uma última dança.
Raízes sedentas buscam em vão,
A água que alimenta sua paixão.
Mas o concreto implacável as sufoca,
E o sol ardente as petrifica e sufoca.
No silêncio da noite, seus suspiros se perdem,
Enquanto a cidade agita-se, indiferente e férrea.
As plantas secas, símbolos de resistência e dor,
Lutam contra o concreto, mas sucumbem ao seu torpor.
E no meio do caos, um eco de vida ressurge,
Uma flor solitária, que do asfalto emerge.
Um sinal de esperança em meio à desolação,
Que mesmo no concreto frio, floresce com devoção.
Pois onde há vida, há sempre uma chance,
Mesmo entre o concreto frio e as plantas secas, a esperança relance.
E assim, na luta contra a urbanização desenfreada,
A natureza encontra sua voz, silenciada, mas não calada.
Por Máuri Zeurgo |
Nenhum comentário:
Postar um comentário