Mauri Zeügo
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Bloco de notas (14/04/10)
Mauri Zeügo
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
Alguém da tribo dos mouros *Reedição (14/01/10)
Do geral, diz-se sujeito ao espaço, ao tempo e à causalidade. Ou seja, trata-se de algo corpóreo e, ao jugo dos sentidos, tangível, neste espaço e não naquele, aqui nesta realidade e não noutra. Assim se procede com o tempo, neste tempo e não noutro qualquer, em seu tempo e não de outrem. Da causalidade, dá-se a origem de algo que não se auto-determina, isto é, algo que não se cria por si próprio. Desta forma, pode-se dizer que, ao mesclar os três elementos acima expostos, chega-se a uma condição mínima de existência, no entanto, o que se tem disso é uma mera estrutura básica que se aplica a qualquer coisa que não seja você. Entretanto, é necessário diferenciá-lo de tudo o mais que o cerca porque a extensão do seu "eu" não engloba qualquer outra coisa que esteja fora de você, é nesta caracterização que a individualidade brota, e dela, vai-se a um novo mundo que o torna único.
Do particular, diz-se sujeito aos ditames da razão e às aberturas da emoção. Pela sua razão chega-se analogamente às épuras que você as manifesta num plano que não está no domínio do seu "eu", todavia, limitar-se aos domínios da razão para fazer apontamentos sobre a sua pessoa seria até uma injustiça e, ainda assim, não conseguiria manifestar a sua individualidade. Supondo que você tenha uma justa medida que o caracteriza, tornando-o diferente de qualquer outra pessoa que o cerque, é cabível que tais medidas residam em suas emoções. Você ri, chora, sofre, abre-se e torna a se fechar às abstrações, odeia, ama, indifere, indefere, aceita, nega, etc etc e milhares de etc. Os domínios desses elementos, por serem conflituosos demais, culminam numa unicidade e ao manifestá-los, pode-se dizer com total convicção: esse, no meio dos mouros, é você – Mauri Zeurgo!
Validando a estupidez humana (14/12/09)
O vazio do corpo, a lágrima do olhar,
Tudo nos deixa tão ocos, feito madeira seca,
Natureza morta e empobrecida;
A vontade de gritar e correr
É bem maior que o nosso poder.
Na estada enganosa de nossos dias,
Ficar aqui nos faz encarar
Nossos medos próprios;
Ter coragem de enfrentar o que é nosso
É sempre preciso;
No mesmo momento em que a solidão
Invade o asilo velho de nossa massa enferma,
Sentimos o poço seco se encher de questões –
As mesmas que jamais serão solucionadas pelo óbvio;
A grande carência do toque é causada pelo mau hábito nosso;
Mentiras, impasses, contratempos e jogos – só isso.
Resumimos nosso dia no simples fato de coexistir com o grau tamanho
De nossa casmurrice vadia e mundana;
Somos agora o navio naufragado que caseamos,
Somos aquilo que jamais esteve como meta em nossa vida,
Somos os homens, bastardos e ilegítimos
Tentando salvar ou resgatar o que ainda resta -
A sombra de um produto invalidado pela estupidez humana.
Mauri Zeügo
Àquele que trouxe-me o mar (14/11/09)
Na lembrança ainda do primeiro abraço
Seguiam as crianças com pensamentos confabulados.
A memória dos dias de discussão e sorrisos
Trazia sempre uma nova motivação;
Na lembrança ainda do primeiro beijo
Seguiam os garotos com com a paixão estranha.
Os fragmentos árduos do desconhecido
Dáva-os a própria cara à tapa;
Na lembrança ainda do primeiro gesto
Seguiam os rapazes com a falta um do outro.
A infância de antes apagara as crianças
De um passado brilhante e único;
Na lembrança ainda do primeiro adeus
Seguiu o homem sozinho com a falta do amor.
Na memória restaram apenas as palavras “amo-te”
Como prova de que fora real aquele sentimento;
Na lembrança ainda da primeira lágrima,
A criança voltava ao mar com a certeza
De que encontraria lá as pegadas na areia
e toda a imensidão que lhe fora dada;
Ali, em frente ao mar infinito,
Sentindo a água à seus pés,
Numa mistura de areia fina
Com a umidade que relaxava a caminhada;
Passeando pela orla calma,
Gozando do panorama extraordinário
- Suas duas grandes paixões,
Dois gigantes, seus dois amores;
Parado ali, o pequeno príncipe
Sentia o ar fresco que vinha com as ondas,
Chegando à praia com a força das águas
Fazendo-o perceber o quanto perdeu em anos;
Depois de muito tempo o pequeno
Viu-se tornar sapo à presença da
Essência viva à seus olhos
- Mais um no jardim dos meninos perdidos;
Ainda na lembrança do primeiro amor
Seguiam seus próprios caminhos,
Apagando a verdade e escondendo
Do mundo o amor incorrigível
Daquele que certo dia trouxe-me o mar.
À Rogério Sant'Ana (14/10/09)
Indefinição: Mauri Zeurgo (14/03/09)
Sem toque, sem matéria...alcança um espírito que nunca existiu intelectualmente
É justamente na interrogação que ela assume a sua presença.
Ela é ampla e pequena, um tudo que tende ao óbvio e ao nada,
É esse não dizer que me compõe,
Pressagiada pelo toque afetivo,
Ela existe, está comigo, dentro de mim
Dou-lhe o nome de cor, mas sei que não é cor
By: Gilberto
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