segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Validando a estupidez humana (14/12/09)


 Dias como este que nos deixam tão só...
O vazio do corpo, a lágrima do olhar,
Tudo nos deixa tão ocos, feito madeira seca,
Natureza morta e empobrecida;

A vontade de gritar e correr
É bem maior que o nosso poder.
Na estada enganosa de nossos dias,
Ficar aqui nos faz encarar
Nossos medos próprios;

Ter coragem de enfrentar o que é nosso
É sempre preciso;
No mesmo momento em que a solidão
Invade o asilo velho de nossa massa enferma,
Sentimos o poço seco se encher de questões –
As mesmas que jamais serão solucionadas pelo óbvio;

A grande carência do toque é causada pelo mau hábito nosso;
Mentiras, impasses, contratempos e jogos – só isso.
Resumimos nosso dia no simples fato de coexistir com o grau tamanho
De nossa casmurrice vadia e mundana;
Somos agora o navio naufragado que caseamos,
Somos aquilo que jamais esteve como meta em nossa vida,
Somos os homens, bastardos e ilegítimos
Tentando salvar ou resgatar o que ainda resta -
A sombra de um produto invalidado pela estupidez humana.

Mauri Zeügo

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