quarta-feira, 31 de agosto de 2011

"O Grande Livro Aberto - Mauri Zeürgo"

Assim como a Filosofia, temos diversas maneiras de lidar com a vida e de reinventar as muitas estórias que compreendem todo o nosso mundo. Cada qual com seus contos, gírias, sotaques, dores, alegrias e sofrimentos. Acreditar-se-á nas belezas mundanas, nas noites insanas e incompreensíveis do universo ao nosso redor, porém, o que mata é a saudade, o ciúme corriqueiro, a vastidão de sentimentos que penetram a pele, feito lâmina que açoita a carne e fere a alma. Como um ser, dotado de tanto conhecimento pode se jogar às aventuras derradeiras da vida fácil, tendo em mãos um dos maiores tesouros já conquistados em terras distantes? A longitude em que se chegou nessa vivência, não mais sobreviverá através dos tempos, dos dias, tardes e noites retilíneos às conformidades dos horários nobres, dos pontos sem retorno e das águas passadas. Assim como a água quente de um caffè que ao atravessar as barreiras do resistente “papel-coador”, chega mais forte e não mais pura, mas com outra cor, outro aroma, outras finalidades. Somos levados ao âmago da questão: Para que alimentar um amor e uma vida a dois, se no fim de tudo, somos encantados com outras tentações? Pergunta sem fins, sem meios, sem nexo, sem nada a perguntar, mas com tudo em torno de nós, que somos os causadores de tamanho alarde.
Numa relação deve existir o “nós dois”, nunca um “futuro a pensar por um apenas”. A credibilidade com que chegam as palavras a mim, faz tocar o sino que havia ficado abaixo da madeira velha e podre, criando um som diferente, um toque silencioso, não mais deixando-me ouvir as verdades. Ser fiel e jamais ser “do mundo”, amores existem, basta esperar nesse grande banco da paciência “burra” e “tola” dos seres humanos.
Hoje, sou uma carta aberta ao mundo e sempre cheia de emoções, apaixono-me e encanto-me pelo lado errado e cruel do ser humano. Há dias assim, sou deixado de lado e fico tão só, a espera de um alguém real que se contente e se satisfaça comigo, apenas com meu amor, com minha vida, meus braços e abraços, meus carinhos e minhas carícias, meus beijos doces e meu terno amor. Quantos erram em amar tanto e tanto e no fim de tudo, a convivência torna-se a piada do século, o assunto de uma mesa de bar, o elo entre o paciente e o analista e as piadas entre rodas de amigos. O ser humano ainda não aprendeu a amar corretamente. O amor tornou-se motivo de chacota, amar é para poucos e para muitos também, mas é minoria que se torna o motivo de orgulhar-se e dizer que ama-se alguém e tem algo especial a dividir com o escolhido, o prometido, a alma gêmea, a cara-metade e ou a tampa da nossa panela.
Aos desavisados que caminham por essas terras cheias de mau agouro e que acham saber  o que é o amor, saibam agora que – Sou aquele grande livro cheio de emoções, tenho minhas páginas abertas ao mundo, aos sete mares e aos quatro cantos do planeta. Jamais deixo de demonstrar meu afeto aos que precisam de amor, só nunca deixe esse sentimento tão lindo padecer nos anais incógnitos da história. Se tiveres um amor, dê valor; se um sorriso dê uma gargalhada; se tens, não tema. Estarei aqui, agora e sempre, ejaculando essa arte adolescente ao mundo viril e infiel de homens e mulheres, que se tornam animais pelo gosto lúdico de poderem fazer parte do mesmo grupo de tantos outros que se trancam na caixa da fantasia e esquecem-se da vida real, deixando o ser humano belo, maravilhoso e único que temos dentro de nós, falecer. A casca do ser humano é menor ainda quando deixa resquícios de sua vida passada interferir o presente.  Minhas páginas se fecharam agora – Foi o vento me avisando que: Dever-se-á da vida bandida aproveitar, enquanto se pode, mas quando tiveres um alguém, apenas dê valor.


Mauri Zeürgo (31/08/2011 – 18:00)

3 comentários:

  1. Mauri, amo você cara. Pelo que escreve, te acho maravilhoso..!

    Contiue assim.

    Paulo - Alphaville

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  2. Fantástico como as palavras soam...lindo...

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  3. Incrivelmente tentador! Parabéns - cara, casaria contigo.

    beijos mil

    Felipe de Santana!

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