domingo, 25 de dezembro de 2011

Folhas de Dezembro


Tão longe de casa e tão perto do amor meu. Eis que descubro diferentes formas de amar e redescobrir o amor, feito uma alusão mundana em meio a tanto verde e diante a ardência dos erros cometidos.
Sentimentos de orgulho prevalecem, mas, uma única comunicação mostra-nos como podemos ser amados ainda mais sob a distância dos dias que se seguem.
Um turbilhão de emoções tornam a reviravolta dentro da mente e o corpo não aguenta e dilata pelas vias. Ao rolar da primeira lágrima, lembro-me que quando falta um irmão, tenho um amigo, ou melhor, muitos amigos a minha volta, quando falta a mãe, tenho o abraço da outra mãe ao lado, cevada na maior proeza da vida – Chegar a mais alta idade e ainda manter hábitos da juventude, sorrindo feito criança e alegrando aos jovens que precisam de maturidade. Quando me falta o sorriso de alegria, vem a sensação de felicidade por estar rodeado pelos peões desse complexo xadrez chamado “montes gerais”.
A saudade aperta a cada minuto que sucede e a todo o momento me tenho um “insight” mostrando o quanto a vida pode ser doce e amarga ao mesmo tempo.
Nos confins internos da mente, a colisão é sempre maior, pois o que realmente conta é a validez das palavras, a imensidão dos desejos e o suor fresco do prazer matinal que sucumbe pelo silêncio que faz o ser deliciar-se pelo gozo único de estar apaixonado.
As mãos entrelaçadas logo de manhã, as cabeças fervendo com vontades e os territórios baixos levemente umidificados pela lubrificação prazerosa do querer e do sentir da epiderme, tornando ainda mais gostosa a aventura dos amantes. Esse vai e vem dos quadris e a deliciosa investida contra o pequeno corpo, faz os lençóis serem cúmplices da insensatez de ambos.
Tão distante, mas tão perto...vejo a cada manhã, no grande triângulo dos sotaques, cores e diversos sabores que confundem com o mais belo pôr-do-sol, esse nunca visto em minha terra ou em qualquer outro canto do planeta.
Tudo me sacia - a comida, a agua, as bebidas, as pimentas, as tardes, noites, manhãs, simplesmente tudo me dá força, cria-me o gás para manter-me acordado pelos instantes seguros e inseguros também.
Sei que voltarei e a saudade de lá, será a saudade daqui - os braços da nova mãe, as gargalhadas dos novos amigos e irmãos e a lembrança intrínseca ao cair da primeira folha de Dezembro. E nesse ínterim será revelado sempre que ainda existe esse amor pela vida, sempre enquanto esse pequeno coração bater, sempre enquanto a força desse nome resistir dentro de mim...

(Por Mauri Zeürgo ‘25\12\2011)

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