domingo, 10 de julho de 2011

Agarre a sua luz! (14/09/2011)

“Durante o dia, vejo o sol e durante a noite, o luar. Na minha felicidade e na vida, vejo a certeza de que seu nome comigo sempre estará.”

Dia a dia recebemos em nossa porta um novo amanhecer, um novo anoitecer e diferentes formas de encarar a felicidade e as certezas e incertezas da vida. São sempre elas que nos enchem de emoções sublimes e ricas de um bem querer, sempre cheios de carícias, dengos, toques e olhares.

Verdadeiramente únicos são aqueles que chegam e deixam grandes lembranças saudosas, e também pequenos detalhes que facilitam os dias nossos, fazendo-nos encher o peito e gritar ao mundo: Meu grande amor, eu o amo e não quero te perder. Porém, o maior erro e a marca que sela a infelicidade é sempre o silêncio que invade.


– Quem cala, consente. Mas, quem cala perde os direitos e nem olhares e nem intenções visuais, poderão retomar a jornada rumo à felicidade dos dias últimos. O silêncio pena como pedido pleno: Faça-me sentir a luz da manhã e a brisa da noite, feito uma última dança élfica, com os pequenos redemoinhos ventosos e refrescantes.

Aos que penam, os rumores terrenos são passageiros e sombrios. A esses homens insanos e profundos, restam-lhe caminhar por entre a neblina que os cega, sem deixá-los atravessar a barreira de terrenos dos bons frutos.

Somos todas vítimas de um falso amor e conseqüentemente, tornamo-nos suspeitos de acabar com a raça humana. Resultado disso é a falta de Amor próprio, em que matamos a cajadadas os sentimentos puros, fazendo assim de nossos dias, uma sanguinária chacina de emoções equivalente à tortura da alma e ao apagamento por completo da memória. Somando assim, a matemática do diabo em perfeita equação.

Corpo – é só o que nos resta. Essa “massa-material” com diferentes formas, cores, intenções, sentidos e sensações é o único escudo que sobra de um grande herói em todas as histórias. Tornamo-nos aquilo que cativamos sempre e a nossa vida carnal e sedenta é tão somente o espelho inverso das impurezas da alma e dos atos comuns que são todos nossos.

Hoje, enxergar na vivência, todo o comodismo como forma de sobrevivência é o mesmo que caminhar por entre vielas tão paradas, cair da janela sem o parapeito, dar longos saltos sem ao menos sair do lugar, enterrar a cabeça na terra com vergonha de si mesmo e negar a própria existência.

O amor próprio deu-me isso – a liberdade de escolher. Bastou-me enxergar a luz no fim do túnel, apeguei-me a ela e deixei aquele canto escuro da sala há anos. Gu, agarre a sua luz sempre e sempre...

Mauri Zeurgo

Um comentário:

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No abismo tumultuoso dos sentimentos, ele mergulha diariamente, seu coração se debate entre as ondas revoltas de uma paixão impossível. A me...