quarta-feira, 6 de julho de 2011

Um vôo de liberdade (14/06/2011)


Jamais dormirei junto aos deuses, essa é a ordem geral da vida e dos fatos que se seguem.
Ponderar-me somente a aquilo que me faz real ao mundo e à vida lúcida a que venho tendo, desde que me tornei mais homem e menos animal. Nos momentos inoportunos, surgem olhares, bocas e degustações visuais, tudo resultado da lábia visual tua e dos esbarrões sem espontaneidade alguma. Nenhum ser está ileso às controvérsias mundanas que sucumbem no final de uma cama bem utilizada e de um grito, gemido e ou sussurro bem entoados. Mas, tenho comigo a certeza que é sempre dos homens que pensam e maquinam sempre: Um alguém é sempre especial, é sempre único e jamais pode ser substituído, enquanto houver traços de sua essência nos vãos e fendas dessa grande máquina aleatória de prazeres e aventuras terrenas que se chama coração. Ele nos engana, ele nos ilude, ele nos estraga a fundo e faz-nos pensar na maioria das vezes, que estamos apaixonados, levemente enamorados ou simplesmente levados pelo gostinho de um primeiro encontro, sendo este único e primoroso.
Esquecemos de alguns fatos, quando em noites frias, somos cobertos pelo manto negro da solidão e pelo ecoar do som vazio nos cantos inertes do espaço nosso, aquele mesmo espaço vazio que surge como tenda dos falsos amores que compreendem os ardores do corpo e da alma – O que a língua não fala, a mente guarda e planta feito  raiz seca, cheia de um silêncio catastrófico e finalmente assusta apenas aos seres que jamais amaram de verdade, criando um arrepiar pela epiderme, como um tiro que saíra pela culatra e ricocheteou pelo corpo todo, deixando rastros na mente,  no corpo e na alma, tornando-os solúveis e sem utilidade alguma.
Quanto ao vento que o assusta tanto e que move suas angústias, trazendo a brisa calma e suave, lembre-se somente dele, tão somente daquilo que tortura os grandes redemoinhos da vida e acama os seus dias de perdas emocionais e raras. Grandes perdas dá-nos aquilo que sempre sonhamos, sempre almejamos e jamais temos pelos caminhos fáceis – Um vôo de liberdade com o mais puro gosto do sucesso e do eterno prazer pela vida.

Por: Mauri Zeurgo

Um comentário:

  1. Mauri, sempre leio os seus textos e já me tornei seu grande fã. Um grande e demorado beijo na testa. É assim que você diz, né? Rsrsrsrs

    Ricardo

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