sábado, 18 de dezembro de 2010

Eclipse (14/01/08)

Amor - era tudo que eu tinha,
Mas, pobre de mim...
Fui mal correspondido,
Talvez nem isso;

Vendo-a assim, em seu trono
Tão bela e majestosa,
Vi-me no dever de contemplá-la
E mostrar ainda que existo;

Não sou matéria de açúcar
Nem obra-prima de João de barro,
Mas desmancho-me ao saber
Que minha paixão se foi;

Queria mostrar a minha existência,
Tê-la em meus braços era a meta...
Braços estes que se encontram arrancados
Justo hoje, pelas ironias da vida;

Foram noites mal dormidas,
A pensar no que dizer.
De nada adiantou,
Fui fraco, confesso;

Acreditei ter um amor,
Errei sem noção do desejo,
Culpa minha, verdade...
- Confundir foi meu lema;

Tira-la de seu assento soberano,
Por várias vezes tentei.
Quando enfim, consegui era tarde demais,
- Pois um eclipse dura menos
Do que podemos imaginar.

Mauri Zeügo

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