sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Raiva (14/10/03)

Sentimento inoportuno. Quando chega nunca avisa, quando toma conta de tudo, sobe à cabeça e domina o corpo.
Perdemos o controle por completo. Sem noção ou raras vezes, sem motivos, queremos matar, quebrar, destruir tudo que se move e os seres inanimados também.
Em momentos de fúria perde-se a ciência da realidade inexata da vida.

Escapamos de vez dos sentimentos maiores, assim como o amor, paixão e o respeito.
Na maior parte das vezes todo o mel da vida torna-se um caldo azedo de limões grandes, quebram-se barreiras e tabus somente pelo gosto de vingança que tem um bofetão.

 A maior poesia pode não estar nas frases de uma discussão, porém o que conta é o sentimento febril que ronda-nos incessante em mais um dia de fúria.

Mauri Zeügo

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A sinfonia das palavras ressoa como um eflúvio de suave e luminosa beleza. Sou um ser pulcro e nefelibata, perdido no crepúsculo infinito. ...