sábado, 18 de dezembro de 2010

Memórias (14/05/07)

Fogem as minhas memórias
Do outono frio e com perfume,
Como sol de inverno em céu nublado,
Descansam elas, nas lembranças;

Vi muitos amores perdidos
Escaparem aos meus olhos,
Atravessarem mar e terra
E acariciarem a doce ilusão;

Seus sonhos alcançaram desde
O topo das montanhas ao ventre dos rios,
Percorrendo caminhos infindáveis
Por entre a imaginação absurda do homem;

Restam agora os grandes moinhos a girar,
Espalhando os últimos suspiros
Dessa incrível aventura,
Que tanto inquietou estrelas e planetas;

Guardados estão em minha memória,
Com o sabor do passado -
O segredo do universo
E a velha alma do poeta.

Mauri Zeügo

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O Tempo: Um Reflexo da Vida

O tempo, esse inescapável tecelão das horas, não apenas marca o ritmo de nossas vidas, mas também se torna um lembrete constante da efemerid...