Fogem as minhas memórias
Do outono frio e com perfume,
Como sol de inverno em céu nublado,
Descansam elas, nas lembranças;
Vi muitos amores perdidos
Escaparem aos meus olhos,
Atravessarem mar e terra
E acariciarem a doce ilusão;
Seus sonhos alcançaram desde
O topo das montanhas ao ventre dos rios,
Percorrendo caminhos infindáveis
Por entre a imaginação absurda do homem;
Restam agora os grandes moinhos a girar,
Espalhando os últimos suspiros
Dessa incrível aventura,
Que tanto inquietou estrelas e planetas;
Guardados estão em minha memória,
Com o sabor do passado -
O segredo do universo
E a velha alma do poeta.
Mauri Zeügo
Nenhum comentário:
Postar um comentário