sábado, 18 de dezembro de 2010

Fúria (14/01/06)

Não pude resistir.
Arrancou-me do chão
Com tanta fúria,
Que pude sentir
Um gosto amargo
De sensação única;

Feito um pequeno grão de areia,
Fui arrancado das entranhas terrestres.
O mesmo que também teme ao Oceano
E fragiliza-se por tamanha imensidão;

Nem mesmo as mais fortes raízes
Resistiriam ao peso das águas,
Enquanto duras rochas tentam fazê-lo
Com as lavas rebeldes de um vulcão;

Nada mais adianta,
Sem volta à Mãe Terra
O mundo ficou afônico,
Sem paz nem compaixão;

Pétalas de rosas e jasmins,
Um jardim memoriza os meus dias,
Um mergulho em antigas fantasias
Que já não existem mais;

Canso pela sofreguidão.
A mesma que me faz fantasiar
Que o peso dos planetas pende sobre mim.
Vaga esperança. Sinto por tudo;

A máscara já caiu há dias.
Tenho que esquecer tudo que me fez feliz.
Abrirei mão de contos e fábulas,
Para viver em estranha, mas
Minha realidade...

Mauri Zeügo

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