sábado, 11 de dezembro de 2010

O Vazio (14 de Janeiro de 2000)

Posso te sentir, mas não entendo,

Posso te tocar, mas nada me alcança,

Posso te beijar, mas não há amargor.

 

Quero te desejar, mas o desejo se esvai,

Quero-te só para mim, mas és de todos,

Quero te ver, mas o mundo me cega.

 

Desejo provar tuas intenções, mas te condenam,

Quero sorrir, mas meus lábios são agulhados,

Nada posso fazer, desejo apenas te esquecer.

 

Nada posso querer se faço por ti,

Nada desejo possuir-te

Para fácil consumir.

 

Nada posso fazer com isso,

Pois este vazio não pode preencher-te.

 

Em meio ao vazio, pergunto-me se algum dia encontrarás a paz que buscas,

Ou se estás destinado a vagar por entre sombras e ilusões.

A cada passo que dou em direção ao desconhecido,

Sinto o vazio crescer dentro de mim, como um buraco negro que consome tudo ao seu redor.

 

Mas mesmo no vazio, ainda há uma centelha de esperança,

Uma luz tênue que brilha no horizonte distante,

Recordando-me que, apesar das trevas, ainda há beleza e significado a serem encontrados.

 

Então, mesmo quando o vazio ameaça me engolir por completo,

Permaneço firme, enfrentando as sombras com coragem e determinação,

Porque sei que, no final, é a busca pela verdade que nos define como seres humanos.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Alcance

No abismo tumultuoso dos sentimentos, ele mergulha diariamente, seu coração se debate entre as ondas revoltas de uma paixão impossível. A me...