sábado, 18 de dezembro de 2010

Último (14/12/05)

Uma paixão irreal
Ao ódio do mundo
Traz a novidade
Aos olhos noturnos;

Em que a fúria do cego
Que não quer ver,
Rouba o brilho
Do maior tesouro;

E ofuscado se vê
Em desonra real,
Eclodindo feito massa
E um peso morto cai;

Corroída, a terra
Dissolve em partículas,
Que reagem à ação inerte
Do primeiro verso;

Que com amor
Faz germinar esta semente,
Que vem brotando até o solo
Para dar seu ultimo suspiro.

Mauri Zeügo

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